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Tales of Phantasia – Espadas, Magia e uma Abertura Épica

Tales of Phantasia capa

Originalmente lançado para Super Famicom (Super Nintendo) em 1995, Tales of Phantasia recebeu uma versão aprimorada para PlayStation em 1998, trazendo gráficos melhorados, cenas em anime, e a primeira abertura vocal em um jogo de RPG — uma característica que se tornaria marca registrada da série.

Quando pensamos em grandes franquias de RPG, nomes como Final Fantasy e Dragon Quest vêm à mente imediatamente.

Mas em meio a esses gigantes, existe uma série que ganhou seu próprio espaço e respeito: Tales of. E tudo começou com Tales of Phantasia.

Então, o que torna Tales of Phantasia tão especial? Vamos explorar seus pontos altos e baixos e entender por que este título ainda ressoa com jogadores até hoje.

Viagens no Tempo e o Destino de Dois Mundos

A história de Tales of Phantasia começa de maneira simples, mas rapidamente se transforma em uma saga épica envolvendo viagens no tempo, batalhas entre dimensões e a luta para impedir um feiticeiro sombrio chamado Dhaos.

O jogador assume o controle de Cress Albane, um jovem espadachim que vê sua vila ser destruída por um exército misterioso.

Cress e seu amigo Chester se veem em uma busca por vingança e justiça, mas logo se juntam a outros personagens, cada um com suas motivações e habilidades únicas.

A trama é densa, cheia de reviravoltas e temas que vão desde amizade e traição até questões mais filosóficas sobre o tempo e o destino.

Ao longo da jornada, o grupo de heróis viaja por várias eras, lutando para impedir que Dhaos concretize seus planos malignos.

As viagens no tempo são bem integradas à narrativa, permitindo que o jogador veja como as ações no passado afetam o futuro.

Esse elemento de manipulação do tempo não só adiciona profundidade à história, mas também à mecânica de jogo, como veremos adiante.

Se você curte histórias envolventes, Tales of Phantasia entrega uma narrativa sólida com camadas emocionais, sem nunca parecer forçada.

A cada avanço, você se vê mais envolvido na luta contra Dhaos e nas relações que surgem entre os personagens.

Um Elenco Memorável

Em Tales of Phantasia, os personagens são o coração da experiência. Cress é o protagonista clássico: um espadachim jovem, nobre e determinado.

Mas o que realmente faz a história se destacar é o elenco de apoio, cada um com sua própria personalidade e histórias de fundo que tornam a trama mais rica.

Mint, a curandeira do grupo, é calma e compassiva, mas também carrega uma tristeza silenciosa. Chester, o arqueiro e melhor amigo de Cress, é movido pela vingança, mas encontra redenção ao longo da jornada.

Arche, a bruxa, traz um alívio cômico com sua atitude irreverente, mas não se engane: ela é poderosa e tem um papel importante na luta contra Dhaos.

E Klarth, o sábio invocador, está sempre em busca de mais conhecimento, mas também é uma figura paternal para o grupo.

Esses personagens não são apenas “jogadores de apoio”. Cada um deles tem momentos brilhantes no enredo e no combate, o que faz com que o jogador se importe com suas histórias.

A amizade entre eles, os conflitos e as reconciliações são o que dá alma ao jogo. É um daqueles jogos em que, ao final, você sente que está se despedindo de velhos amigos.

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O Combate Dinâmico de Tales of Phantasia

Agora, se tem uma coisa que Tales of Phantasia trouxe de inovador para o gênero RPG é o seu sistema de combate.

Enquanto a maioria dos RPGs da época apostava em batalhas por turnos, Tales of Phantasia optou por um sistema de batalha em tempo real, chamado Linear Motion Battle System (LMBS).

Nesse sistema, o jogador controla diretamente Cress durante as batalhas, podendo mover-se livremente e atacar os inimigos com espadas e habilidades especiais, enquanto os outros personagens são controlados pela IA.

Essa abordagem trouxe um dinamismo incomum para os RPGs da época. As lutas não se resumem a menus estáticos; elas exigem reflexos rápidos e estratégia em tempo real.

O jogo permite que você configure os comportamentos dos seus aliados para que eles se adaptem ao seu estilo de jogo, seja focando em ataques, cura ou magias.

As habilidades especiais, ou Artes, são outro ponto alto. Cress pode aprender uma variedade de golpes poderosos que não só têm grande impacto em batalha, mas também parecem incríveis na tela.

Mint, por outro lado, tem uma gama de feitiços de cura, enquanto Arche se destaca pelas magias ofensivas.

As invocações de Klarth trazem aquela sensação de poder que só RPGs clássicos oferecem, com criaturas gigantes aparecendo para dizimar os inimigos.

Além das batalhas, Tales of Phantasia também tem puzzles e exploração, garantindo que o jogo não seja só sobre combate.

As masmorras apresentam desafios variados, exigindo que o jogador use a cabeça para avançar.

Sprites Detalhados e Animações em Anime

Visualmente, Tales of Phantasia é uma obra de arte para sua época. Na versão de PlayStation, os gráficos 2D foram aprimorados, com sprites detalhados e cenários ricamente desenhados que variam de florestas exuberantes a castelos imponentes e ruínas sombrias.

Cada área tem uma identidade visual única, e as animações dos personagens durante as batalhas são fluidas e impressionantes.

Mas o que realmente se destaca são as cutscenes em estilo anime. Essas cenas, totalmente animadas, foram uma adição especial na versão de PlayStation e dão um toque cinematográfico à narrativa.

Ver os personagens ganhando vida em animações faz com que o jogador se conecte ainda mais com a história.

E quem pode esquecer a abertura épica, com a música cantada “Yume wa Owaranai” tocando enquanto cenas dramáticas de batalhas e aventuras são exibidas?

A Música Memorável de Tales of Phantasia

Falando em som, a trilha sonora de Tales of Phantasia é um verdadeiro deleite para os ouvidos.

Composta pelo lendário Motoi Sakuraba, a música mistura orquestrações épicas com melodias cativantes que te acompanham durante toda a jornada.

As músicas de batalha são especialmente memoráveis, com ritmos rápidos que combinam perfeitamente com o estilo de combate dinâmico do jogo.

A trilha sonora consegue capturar a essência de cada momento, seja nas batalhas mais tensas ou nas cenas mais emocionantes da história.

E claro, a música tema de abertura foi revolucionária na época — ter uma música com vocais em um RPG de PlayStation era praticamente inédito, e foi um movimento ousado que ajudou a definir a identidade da série Tales.

Os efeitos sonoros também são dignos de nota. Cada golpe de espada, cada feitiço lançado tem um peso real graças ao excelente trabalho de som.

Além disso, o jogo conta com diálogos dublados durante as batalhas, algo que era bastante inovador na época.

Tales of Phantasia é um Jogo de Primeiras Vezes

Aqui vão alguns fatos divertidos que talvez você não saiba sobre Tales of Phantasia:

  1. Primeiro RPG com Música Vocalizada: Tales of Phantasia foi o primeiro RPG a incluir uma música de abertura com vocais, um marco na história dos videogames.
  2. Inspiração em “O Senhor dos Anéis”: A equipe de desenvolvimento admitiu que parte da inspiração para a criação do jogo veio de O Senhor dos Anéis, especialmente na construção do mundo e na luta contra um mal ancestral.
  3. Início de Uma Franquia Lendária: O sucesso de Tales of Phantasia deu origem à série Tales, que hoje conta com dezenas de jogos, spin-offs e adaptações para outras mídias, como anime e mangá.
  4. Criado por um Gênio: O criador do jogo, Yoshiharu Gotanda, era tão dedicado ao projeto que escreveu o código base do jogo sozinho! Seu trabalho impressionou tanto a Namco que deu início à franquia.

Uma Jornada Atemporal

Tales of Phantasia é muito mais do que um simples RPG. Ele trouxe inovações que moldaram o gênero, tanto em mecânica quanto em apresentação.

A versão de PlayStation elevou ainda mais o jogo, com melhorias visuais e sonoras que o tornaram um clássico atemporal.

Se você é fã de RPGs e ainda não jogou Tales of Phantasia, está perdendo uma das experiências mais ricas e envolventes que o gênero tem a oferecer.

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