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Fighting Force – A Força Bruta no PlayStation

Fighting Force capa

Fighting Force chegou ao PlayStation em 1997 como uma tentativa ousada de trazer o clássico estilo “beat ‘em up” (briga de rua) dos fliperamas para o mundo dos consoles em 3D.

Desenvolvido pela Core Design, o mesmo estúdio que nos trouxe Tomb Raider, o jogo prometia um toque de modernidade em um gênero que já estava perdendo fôlego com a chegada dos anos 90.

Mas será que ele conseguiu cumprir o que prometia? Vamos descobrir explorando o enredo, personagens, mecânicas, visuais, som e alguns fatos curiosos sobre o game.

Um Vilão Megalomaníaco e Sua Gangue de Mercenários

A trama de Fighting Force não é exatamente o que podemos chamar de inovadora ou complexa, mas segue a fórmula clássica dos jogos de pancadaria dos anos 90: um vilão maluco quer destruir o mundo e cabe a você e seus amigos impedi-lo.

O antagonista do jogo é o Dr. Zeng, um gênio do mal que acredita que o fim do mundo está próximo e decide acelerar o processo, promovendo o caos e tentando tomar o controle.

Cabe a quatro heróis – Hawk Manson, Mace Daniels, Alana McKendricks e Ben “Smasher” Jackson – lutar contra os capangas de Zeng e impedi-lo de alcançar seus objetivos destrutivos.

A história é simples e funcional, mas é claro que o enredo não é o foco principal de Fighting Force.

O jogo foi claramente projetado para proporcionar ação ininterrupta e dar aos jogadores uma desculpa para sair pelas ruas espancando tudo e todos que se aproximarem.

Quatro Heróis, Quatro Estilos de Luta

Os quatro personagens jogáveis de Fighting Force trazem estilos de luta e atributos diferentes, proporcionando alguma variedade na jogabilidade.

Cada um deles tem seus pontos fortes e fracos, e a escolha do personagem influencia como você enfrentará os desafios que surgem ao longo das fases.

  • Hawk Manson: O protagonista genérico e equilibrado, Hawk é um lutador completo que combina força e agilidade. Ele é o tipo de personagem que funciona bem em quase todas as situações, mas não se destaca em nada específico.
  • Mace Daniels: A única personagem feminina, Mace é ágil e rápida, mas sacrifica força bruta por velocidade. Ela é ideal para quem prefere uma abordagem mais evasiva e gosta de ataques rápidos.
  • Alana McKendricks: A hacker do grupo, ela também é bastante ágil e é especializada em ataques à distância, o que a torna útil em certas situações onde você quer manter os inimigos longe.
  • Ben “Smasher” Jackson: Se você é do tipo que gosta de usar a força bruta, Ben é o seu cara. Ele é o mais lento do grupo, mas compensa com poderosos golpes que esmagam os inimigos. Cada soco dele faz os capangas sentirem a dor de verdade.

Cada um dos personagens tem um conjunto de movimentos básicos – socos, chutes, agarrões – e alguns ataques especiais, que podem ser executados ao longo do jogo.

Embora a variedade de movimentos seja um tanto limitada, os diferentes atributos de força, velocidade e resistência dos personagens ajudam a manter as coisas interessantes, pelo menos por um tempo.

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Beat ‘em Up em 3D de Fighting Force

A mecânica central de Fighting Force é simples: você anda por aí e bate em tudo que se move. E quando digo tudo, é realmente tudo – desde capangas genéricos até carros e caixas, que podem ser destruídos para encontrar itens como armas e kits de saúde.

Como um jogo beat ‘em up tradicional, o objetivo é enfrentar hordas de inimigos, progredir pelas fases e, eventualmente, derrotar o chefão.

A principal novidade de Fighting Force em relação aos clássicos beat ‘em ups em 2D é o ambiente tridimensional.

Isso adiciona uma nova camada à jogabilidade, já que você pode se mover livremente pelo cenário, ao invés de estar limitado a apenas duas direções.

Entretanto, isso também traz algumas limitações. Os controles nem sempre respondem bem no ambiente 3D, tornando a movimentação um tanto truncada em momentos cruciais, especialmente quando você precisa se esquivar ou acertar um inimigo que está em outro plano de profundidade.

Além disso, Fighting Force oferece uma variedade de armas improvisadas espalhadas pelos cenários, que vão de tacos de beisebol a garrafas e até mesmo armas de fogo, permitindo que você varra os inimigos com um pouco mais de estilo.

Entretanto, a maioria das armas tem uma durabilidade limitada, quebrando após alguns usos, o que obriga o jogador a constantemente procurar novos objetos para utilizar no calor da batalha.

No geral, a mecânica de Fighting Force é divertida por um tempo, mas pode se tornar repetitiva, já que o jogo não oferece uma enorme diversidade de golpes ou inimigos.

O ponto forte está em sua simplicidade e no fator nostalgia que remete aos clássicos beat ‘em ups do passado.

Uma Estética Robusta, Mas Limitada

Visualmente, Fighting Force faz um trabalho decente para a época. Os personagens são modelados em 3D com um nível razoável de detalhes, e os ambientes variam de becos escuros e fábricas abandonadas a escritórios corporativos e coberturas.

A paleta de cores é sombria, refletindo a atmosfera urbana e caótica do jogo, mas há algo de genérico em muitos dos cenários e inimigos.

Embora o jogo tenha sido inovador ao trazer o gênero beat ‘em up para o ambiente 3D, isso também trouxe suas próprias limitações.

As animações dos personagens são rígidas e muitas vezes repetitivas, o que pode diminuir a sensação de impacto dos combates.

Além disso, as câmeras às vezes não cooperam, dificultando a visualização do campo de batalha e tornando a tarefa de acertar os inimigos em diferentes ângulos um pouco frustrante.

Entretanto, para um jogo de 1997, Fighting Force ainda é visualmente competente. Ele captura bem o clima de ação desenfreada que deseja passar e mantém uma identidade visual consistente com o gênero.

A Trilha Sonora Eficiente de Fighting Force

A trilha sonora de Fighting Force faz o que se espera de um jogo de ação: ela coloca você no clima de pancadaria sem chamar muita atenção para si.

Com batidas rápidas e pesadas, a música se encaixa bem nas cenas de luta e nas perseguições frenéticas.

No entanto, não é exatamente o tipo de trilha que você vai lembrar ou cantarolar depois de desligar o console.

Os efeitos sonoros, por outro lado, são bastante satisfatórios. Cada soco, chute e explosão soa robusto e proporciona um bom feedback auditivo, o que é essencial em um jogo de pancadaria.

As vozes dos personagens também estão presentes em momentos-chave, como em gritos de dor e de vitória, mas não espere nada elaborado em termos de diálogos.

Fatos Divertidos de Fighting Force

  • Fighting Force originalmente foi planejado para ser parte da série Streets of Rage, da SEGA, mas após complicações de direitos autorais e desenvolvimento, a ideia foi abandonada e o jogo se tornou um título original.
  • Os jogadores podem destruir uma boa parte dos cenários, o que era uma novidade na época, já que não era comum ver um jogo onde você podia quebrar carros e caixas ao estilo “briga de rua” em 3D.
  • O jogo recebeu uma sequência, Fighting Force 2, lançada em 1999, mas essa segunda tentativa foi amplamente criticada por se distanciar do estilo beat ‘em up, focando mais em combate tático e furtivo.

Diversão Simples, Mas Repetitiva

Fighting Force tentou trazer o clássico estilo beat ‘em up para a era 3D e, em muitos aspectos, foi bem-sucedido.

Ele captura a essência dos jogos de briga de rua, proporcionando uma experiência de combate satisfatória, especialmente se você estiver jogando com amigos no modo cooperativo.

No entanto, o jogo também sofre com algumas limitações. A jogabilidade se torna repetitiva com o tempo, e os controles podem ser frustrantes em certos momentos.

A estética é competente, mas genérica, e a trilha sonora faz o que se espera sem realmente brilhar.

Se você é fã de jogos beat ‘em up e está em busca de uma experiência nostálgica no PlayStation, Fighting Force é uma boa pedida, especialmente se jogado com amigos.

Mas se você está à procura de algo com mais profundidade ou inovação, talvez ele não seja o jogo ideal.

Em resumo, Fighting Force é uma viagem divertida para aqueles que querem reviver a simplicidade de sair na porrada em um ambiente 3D, mas pode não ser o tipo de jogo que vai mantê-lo viciado por muito tempo.

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