Se você cresceu nos anos 90, é quase impossível não ter ouvido falar de Crash Bandicoot. O marsupial maluco da Naughty Dog tornou-se um ícone instantâneo do PlayStation, e quando Crash Bandicoot 2: Cortex Strikes Back chegou às prateleiras em 1997, ele não era apenas mais um jogo de plataforma – era a continuação que todos estavam esperando.

Pegando tudo o que o primeiro jogo fez de bom e elevando o nível com novas mecânicas, gráficos refinados e um enredo mais elaborado, Cortex Strikes Back cimentou Crash como uma das figuras mais amadas do mundo dos games.

Neste review, vamos nos aprofundar em tudo o que faz Crash Bandicoot 2 ser tão especial: sua história peculiar, personagens icônicos, mecânicas de jogo afiadas, visuais vibrantes, trilha sonora envolvente e, claro, alguns fatos divertidos que só aumentam o charme desse clássico.

Então, prepare-se para uma viagem nostálgica pela Ilha N. Sanity enquanto exploramos por que esse título ainda é considerado um dos melhores jogos de plataforma já feitos.

Cortex Está de Volta (E Quer sua Ajuda!)

A história de Crash Bandicoot 2 começa com uma reviravolta inesperada. Após os eventos do primeiro jogo, o Dr. Neo Cortex está de volta, mas dessa vez ele alega estar arrependido de seus crimes e pede ajuda a Crash para salvar o mundo de uma catástrofe iminente.

Claro, nós, jogadores, sabemos que Cortex não é exatamente confiável, mas Crash, sendo o personagem inocente e confuso que é, acaba caindo na conversa do vilão.

Cortex diz que precisa coletar cristais especiais espalhados pelo mundo para salvar o planeta de uma terrível ameaça.

Ao longo do jogo, vamos descobrindo que Cortex não mudou nada e que sua verdadeira intenção é usar os cristais para dominar o mundo.

Felizmente, a irmã de Crash, Coco, está desconfiada das verdadeiras intenções de Cortex e, com a ajuda do sábio Aku Aku (aquela máscara flutuante que todo jogador de Crash conhece e ama), tenta alertar Crash sobre o plano maligno.

O enredo, embora simples, traz mais profundidade que o primeiro jogo e é recheado de momentos cômicos e surpresas divertidas que mantêm os jogadores engajados.

A trama de Cortex Strikes Back se desenrola principalmente através de curtas cutscenes, nas quais vemos o Dr. Cortex, Coco e outros personagens interagirem com Crash.

Essa história mais envolvente foi um grande avanço em relação ao primeiro jogo, onde a narrativa era bastante básica e focada quase inteiramente na jogabilidade.

A inclusão de um vilão carismático como Cortex e a trama de traição tornaram o jogo mais envolvente, sem sobrecarregar a jogabilidade com enredos complicados.

As Figurinhas Icônicas em Crash Bandicoot 2

No coração do jogo está, claro, Crash Bandicoot, o protagonista que não precisa de palavras para conquistar os jogadores.

Crash é aquele tipo de herói que se destaca pela sua personalidade visual – desajeitado, curioso e cheio de energia, ele tem uma presença forte na tela.

Suas expressões faciais e animações exageradas o tornam ainda mais carismático, e é difícil não se apegar a ele enquanto ele gira, pula e corre pelo jogo.

Além de Crash, Cortex Strikes Back apresenta uma série de personagens memoráveis. Dr. Neo Cortex, o vilão clássico, retorna com sua cabeça gigante e seu comportamento maníaco, mas agora adiciona uma camada de falsa simpatia ao tentar enganar Crash.

Também conhecemos melhor Coco Bandicoot, a irmã super inteligente de Crash, que tem um papel mais ativo na história.

E não podemos esquecer de Aku Aku, a máscara mística que age como mentor e protetor de Crash, oferecendo dicas e poderes temporários de invencibilidade.

Ao longo das fases, você também encontrará uma série de chefes únicos, como Tiny Tiger e Ripper Roo, cada um com seu próprio estilo e padrões de ataque.

Esses chefes não apenas adicionam variedade ao gameplay, mas também trazem momentos de humor e desafio que tornam o jogo ainda mais memorável.

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O Salto Evolutivo das Plataformas

Se o primeiro Crash Bandicoot estabeleceu as bases de um ótimo jogo de plataforma, Crash Bandicoot 2 refinou essas ideias em algo verdadeiramente espetacular.

O controle de Crash está mais responsivo, com saltos precisos e mecânicas de movimento aprimoradas. As habilidades clássicas de Crash – o giro, o pulo e a corrida – estão de volta, mas com alguns upgrades.

Agora, Crash pode se agachar e deslizar, o que adiciona novas camadas de complexidade aos puzzles e combates.

Essas novas habilidades são especialmente úteis em certas fases que exigem mais precisão e estratégia do que o primeiro jogo.

A grande sacada de Cortex Strikes Back é que o jogo equilibra perfeitamente desafio e acessibilidade. As fases variam entre seções lineares de plataforma, onde você corre em direção à câmera ou lateralmente, e áreas mais abertas, onde você precisa explorar e coletar itens.

A variedade é o ponto alto aqui. Um minuto você está correndo para fugir de uma enorme bola de neve, e no próximo, está explorando cavernas ou saltando entre plataformas flutuantes.

Outro aspecto que foi aperfeiçoado é a coleta de cristais e gemas. Agora, as fases têm mais segredos e caminhos alternativos, o que incentiva os jogadores a revisitar os níveis para conseguir 100%.

E falando em segredos, os Warp Rooms (salas de teletransporte) adicionam uma estrutura mais organizada ao jogo, permitindo que os jogadores escolham quais fases jogar primeiro e retornem para encontrar segredos perdidos.

O Salto Gráfico Impressionante em Crash Bandicoot 2

Crash Bandicoot 2 é um jogo visualmente deslumbrante, especialmente considerando as limitações do PlayStation original.

A Naughty Dog conseguiu espremer cada gota de potência do console, criando mundos vibrantes e cheios de detalhes.

As texturas são nítidas e coloridas, e cada ambiente – de florestas tropicais a cavernas de gelo e complexos industriais – tem sua própria identidade visual marcante.

Os cenários não são apenas bonitos de se ver; eles também são funcionais. Cada ambiente está cheio de perigos e obstáculos únicos, como plataformas que caem, barreiras de fogo e caixas explosivas.

A atenção aos detalhes em cada fase faz com que o mundo de Crash Bandicoot 2 pareça vivo e dinâmico, mesmo sem grandes interações além da própria jogabilidade.

As animações de Crash e dos inimigos também merecem destaque. Quando você bate em uma caixa de TNT e vê Crash voando pelos ares com uma expressão de surpresa no rosto, é impossível não dar risada.

Essas animações exageradas são parte do charme do jogo, e ajudam a transmitir a personalidade maluca do universo de Crash Bandicoot.

A Trilha Sonora Que Fica Na Cabeça

A trilha sonora de Crash Bandicoot 2 é simplesmente icônica. Composta por Josh Mancell, as músicas são uma mistura perfeita de ritmos tropicais, sons tribais e batidas eletrônicas.

Cada fase tem sua própria música tema que combina perfeitamente com o ambiente, seja uma floresta exuberante ou uma caverna gelada.

As trilhas são tão cativantes que você provavelmente vai se pegar cantarolando algumas delas mesmo quando não estiver jogando.

Os efeitos sonoros também são dignos de elogios. O som de Crash girando, quebrando caixas ou sendo atingido por inimigos são extremamente satisfatórios, e os gritos exagerados dos inimigos derrotados só aumentam o humor do jogo.

Além disso, a voz de Cortex, interpretada por Clancy Brown, é simplesmente fantástica, transmitindo o equilíbrio perfeito entre vilania e comicidade.

Curiosidades dos Bastidores de Crash Bandicoot 2

• Um Marsupial Inovador: Crash Bandicoot 2 foi o primeiro jogo a introduzir o sistema de checkpoint em caixas, algo que facilitou a vida dos jogadores em relação ao primeiro jogo, que era notoriamente difícil.
• A Evolução de Crash: As animações de Crash foram significativamente melhoradas em comparação ao primeiro jogo. A Naughty Dog investiu muito tempo em garantir que Crash tivesse mais expressões faciais e reações engraçadas a diferentes situações.
• Segredos e Easter Eggs: O jogo está cheio de segredos e atalhos que recompensam os jogadores mais dedicados. Alguns dos níveis mais desafiadores só podem ser acessados através de áreas escondidas que exigem bastante habilidade.
• Crash nos Anos 90: Durante o marketing de Crash Bandicoot 2, a Sony lançou uma série de comerciais de TV que mostravam um ator vestido de Crash invadindo o QG da Nintendo, numa tentativa ousada de zombar da concorrência. Esses comerciais são uma parte icônica da história dos videogames dos anos 90.

A Essência da Diversão em 3D

Crash Bandicoot 2: Cortex Strikes Back não é apenas uma sequência – é a evolução perfeita de um jogo que já era bom.

Com controles refinados, fases criativas e uma mistura de humor e desafio, ele se estabeleceu como um dos melhores jogos de plataforma 3D de sua época.

Mesmo depois de mais de duas décadas, ele ainda consegue cativar jogadores novos e veteranos, provando que algumas fórmulas nunca envelhecem.

Se você quer revisitar um clássico que define uma era, ou está buscando algo que capture a essência dos anos 90, Crash Bandicoot 2 é um jogo que merece sua atenção.

Ele é pura diversão, com o tipo de personalidade que poucos jogos conseguem replicar.