Lá em 1999, Driver: You Are the Wheelman chegou ao PlayStation trazendo algo completamente diferente.
Quando falamos de jogos de corrida, muitos lembram de clássicos como Gran Turismo ou Need for Speed.
Desenvolvido pela Reflections Interactive, esse game não era só sobre velocidade, mas sobre ser o “piloto de fuga” definitivo, te jogando nas ruas de grandes cidades e te fazendo viver a adrenalina de perseguições policiais frenéticas.
Então, o que faz de Driver um clássico cult do PlayStation? Vamos dar uma olhada em todos os detalhes que tornam esse jogo tão icônico, desde seu enredo inspirado por filmes de ação, até sua jogabilidade desafiadora e visual arrojado para a época.
Driver te coloca em um filme de ação
Se você sempre quis ser aquele cara que acelera pela cidade enquanto a polícia o persegue, Driver é o jogo perfeito.
O enredo do jogo gira em torno de Tanner, um ex-policial que agora trabalha como motorista de fuga.
Ele se infiltra no submundo do crime para ajudar a derrubar um cartel criminoso, e sua missão é simples: ser o melhor piloto de fuga que existe.
A narrativa é cheia de reviravoltas e tem aquele clima clássico de filmes de ação dos anos 70 e 80, lembrando produções como Bullitt ou The French Connection.
O próprio Tanner é o típico anti-herói durão, que fala pouco, mas faz muito, especialmente quando está ao volante.
Ao longo do jogo, você participa de diversas missões em quatro cidades: Miami, San Francisco, Los Angeles e Nova York.
Cada cidade tem seu charme e desafios, com ruas largas, becos apertados, e um monte de lugares perfeitos para despistar os policiais ou esconder seu carro após uma fuga arriscada.
Tanner e a tensão do submundo
O foco de Driver é todo em Tanner, mas o jogo faz questão de te imergir nesse submundo cheio de personagens criminosos.
Desde os chefões das máfias locais até os policiais que estão constantemente em seu encalço, você vai sentir a tensão crescer à medida que avança na história.
Tanner é um protagonista interessante justamente porque não fala muito. Ele é direto ao ponto e se expressa mais com suas ações ao volante.
Para muitos jogadores, isso cria uma conexão silenciosa com o personagem, que reflete a postura fria e calculista necessária para sobreviver nesse submundo criminoso.
Os antagonistas, por outro lado, são bastante estereotipados, mas funcionam bem dentro do contexto do jogo.
Você lida com chefões mafiosos e capangas, cada um mais perigoso que o outro.
Eles não são extremamente desenvolvidos, mas a verdade é que Driver não precisa disso — o foco está na ação, e eles cumprem o papel de criar aquela sensação de risco constante.

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Perfeição na direção de Driver
A grande estrela de Driver é, sem dúvida, sua mecânica de direção. O jogo não tem um sistema de combate tradicional — tudo o que você faz é atrás do volante.
E é aí que o jogo brilha. Ao contrário de muitos jogos de corrida da época, Driver oferecia um modelo de física avançado que fazia os carros parecerem realmente pesados e difíceis de controlar, o que, na verdade, aumentava a diversão e a tensão.
As missões variam de perseguições de alta velocidade a fugas complexas em meio ao trânsito caótico das cidades.
Você também vai se encontrar em situações em que precisa despistar os policiais ou realizar entregas rápidas para os criminosos.
A dificuldade pode ser frustrante às vezes, especialmente quando você se encontra preso em um beco com várias viaturas da polícia fechando o cerco.
Mas é essa dificuldade que torna cada missão ainda mais satisfatória quando finalmente consegue completá-la.
As perseguições policiais são um destaque à parte. O jogo usa um sistema de IA que faz com que os policiais ajam de forma agressiva e imprevisível, o que significa que você nunca sabe exatamente como eles vão te atacar.
Isso te força a ser criativo na hora de planejar sua fuga, usando atalhos, rampas e qualquer obstáculo que encontrar no caminho.
Outro ponto importante são as opções de personalização dos carros, embora limitadas.
Cada veículo tem um desempenho diferente, o que exige que você escolha o carro certo para cada missão, seja pela velocidade, durabilidade ou facilidade de manobra.
Cidades que respiram vida
Driver é um jogo do final dos anos 90, então, sim, os gráficos estão longe do que temos hoje em dia. Mas para a época, ele era visualmente impressionante.
As quatro cidades — Miami, San Francisco, Los Angeles e Nova York — são recriadas com detalhes suficientes para que cada uma tenha sua própria identidade.
Miami tem aquele clima tropical, com palmeiras e avenidas largas, enquanto Nova York é mais apertada e caótica, com ruas estreitas e prédios altos te cercando por todos os lados.
As cidades também estão cheias de pedestres, outros carros e elementos do ambiente que fazem com que cada perseguição pareça autêntica.
Claro, esses detalhes podem parecer rudimentares hoje, mas em 1999, eles criaram uma sensação de imersão sem precedentes para um jogo de corrida e perseguição.
Os efeitos visuais durante as perseguições — como a poeira levantada pelos pneus ou os danos visíveis no carro após uma colisão — adicionam um nível de realismo que fez Driver se destacar.
E, honestamente, não há nada mais satisfatório do que ver um carro policial capotando após você forçar uma manobra arriscada.
Motor roncando e sirenes gritando
A trilha sonora de Driver é simples, mas eficiente. Ela é composta por músicas de fundo com um toque de jazz e funk que se encaixam perfeitamente no clima dos anos 70 que o jogo tenta emular.
Mas o verdadeiro destaque é o design de som: o ronco dos motores, o barulho dos pneus cantando no asfalto, e as sirenes da polícia que te seguem a cada esquina.
Os efeitos sonoros são essenciais para criar a tensão necessária durante as perseguições.
O som das sirenes vai ficando mais alto à medida que os policiais se aproximam, criando aquela pressão extra.
Além disso, as falas de rádio entre os policiais, relatando sua posição, acrescentam uma sensação de urgência, como se você realmente estivesse sendo caçado.
Fatos Divertidos e Curiosidades de Driver
- Teste de Habilidade Inicial: Antes de começar a campanha principal, o jogo te obriga a passar por um teste de habilidades dentro de um estacionamento. Você tem que realizar várias manobras em um tempo limitado. Para muitos jogadores, essa foi a primeira grande barreira do jogo, pois a dificuldade é surpreendentemente alta logo no início.
- Inspiração Cinematográfica: Os desenvolvedores de Driver se inspiraram em filmes clássicos de perseguição de carros. Você pode perceber isso na forma como as missões e as perseguições são coreografadas. Há um toque claro de filmes como Bullitt e Ronin, especialmente nas sequências mais intensas.
- Códigos e Segredos: Como muitos jogos da época, Driver oferece uma boa quantidade de cheats e segredos. Há um código que permite dirigir um carro de Fórmula 1 pelas ruas da cidade, o que é tão divertido quanto parece. Além disso, o jogo tem várias áreas secretas e atalhos que podem ser usados para ganhar vantagem nas missões.
Um Clássico de Alta Adrenalina
Driver: You Are the Wheelman é um daqueles jogos que marcou uma geração e, até hoje, é lembrado com carinho pelos fãs de PlayStation.
Suas perseguições intensas, missões desafiadoras e atmosfera cinematográfica fazem dele uma experiência única, que mistura o melhor dos filmes de ação com a jogabilidade frenética de um jogo de corrida.
Embora não tenha gráficos de última geração ou um enredo profundo, Driver compensa com sua jogabilidade viciante e a sensação constante de estar um passo à frente da lei.
Se você está procurando por uma dose de adrenalina e ação urbana, vale a pena revisitar esse clássico do PS1.
Afinal, quem nunca quis ser o motorista de fuga perfeito?