Quando Driver 2: The Wheelman is Back foi lançado em 2000, a expectativa era alta: será que o novo título conseguiria superar a inovação do primeiro?
Se você era um jogador de PlayStation nesse período, é quase certo que o nome Driver ecoava em sua memória como um jogo de perseguições policiais eletrizantes e manobras automobilísticas desafiadoras.
E a resposta sobre o segundo jogo, para muitos, foi um “sim” ensurdecedor.
Com cenários maiores, novas mecânicas e um enredo policial ainda mais intenso, Driver 2 trouxe uma experiência imersiva e cheia de adrenalina.
Uma trama de ação explosiva
A história de Driver 2 gira em torno de Tanner, o policial disfarçado mais durão dos videogames, que volta às ruas para enfrentar um novo desafio.
Desta vez, ele está atrás de um traficante de armas chamado Pink Lenny, que se envolve em uma rede de conspiração criminosa entre dois chefes de gangues rivais.
A missão de Tanner o leva a uma jornada por quatro cidades diferentes — Chicago, Havana, Las Vegas e Rio de Janeiro.
Essas localizações não são meros cenários de fundo; elas têm impacto direto na jogabilidade e na narrativa, com cada cidade oferecendo sua própria atmosfera e desafios.
O enredo é mais elaborado do que o primeiro jogo da série, com cutscenes e diálogos que aprofundam a trama, mas, ao mesmo tempo, é claramente inspirado pelos filmes de ação dos anos 70, com perseguições frenéticas e tiroteios.
Essa mistura de uma narrativa densa com momentos de pura adrenalina cria um ritmo empolgante, deixando você na beira do assento a cada missão.
A trama de Driver 2 é um clássico “gato e rato”, cheio de reviravoltas, traições e perseguições explosivas — tudo que um jovem fã de ação espera encontrar.
Tanner, o anti-herói definitivo de Driver 2
Tanner, o protagonista de Driver 2, é o clássico “anti-herói” dos filmes policiais. Ele é um policial durão, determinado e um exímio motorista.
Apesar de sua aparência estóica e comportamento durão, Tanner é o tipo de personagem que os jogadores adoram seguir, seja pela sua habilidade em escapar de situações impossíveis ou pelo modo como ele lida com o submundo do crime.
Além de Tanner, você tem Jericho, o vilão de personalidade fria e implacável que o jogo apresenta como uma grande ameaça.
Jericho é o típico antagonista do gênero policial: inteligente, sempre um passo à frente, e está no centro do conflito entre as gangues que Tanner investiga.
Pink Lenny, o criminoso que acaba se tornando o principal alvo de Tanner, adiciona um toque de comicidade sombria, enquanto o elenco de personagens secundários ajuda a compor o mundo caótico e violento em que a trama se desenrola.

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Mais do que apenas dirigir
Talvez a maior inovação de Driver 2 seja a possibilidade de sair do carro e explorar o ambiente a pé, algo que seu antecessor não permitia.
Essa nova mecânica transformou o jogo em uma espécie de precursor do que viríamos a ver em títulos como Grand Theft Auto III.
Embora o foco do jogo ainda seja as perseguições de carro, a opção de sair do veículo, roubar outros carros e explorar as cidades traz um frescor para a jogabilidade.
As missões variam entre perseguições de alta velocidade, tarefas de escolta e fugas frenéticas. Algumas missões são mais criativas, como invadir locais sem ser detectado ou fazer corridas contra o tempo enquanto as autoridades estão na sua cola.
A IA dos policiais é implacável, e muitas vezes você se verá preso em emboscadas e cercos, o que torna o jogo ainda mais desafiador.
O ponto forte aqui é o equilíbrio entre a liberdade de explorar o mapa e a urgência das missões, que nunca deixam o ritmo cair.
Outro destaque é o sistema de danos dos veículos. Em Driver 2, bater nos obstáculos ou ser atingido por tiros tem consequências visíveis e impacta diretamente na jogabilidade.
Seu carro começa a perder desempenho e, se você não for cuidadoso, pode acabar destruído no meio de uma perseguição.
Cidades vivas e diversificadas em Driver 2
Para um jogo de PlayStation, Driver 2 impressiona com seu nível de detalhe nas cidades. Cada uma das quatro metrópoles tem uma identidade visual distinta.
Chicago é repleta de grandes avenidas e viadutos, com uma atmosfera urbana pesada. Havana, por outro lado, traz ruas estreitas e uma vibe colonial, com carros antigos que te fazem sentir no passado.
Las Vegas é brilhante e cheia de luzes, com estradas largas e tráfego caótico, enquanto o Rio de Janeiro oferece ladeiras sinuosas, favelas e praias, dando um toque exótico ao jogo.
Os gráficos, apesar de limitados pela tecnologia da época, fazem um bom trabalho em transmitir a sensação de estar em diferentes partes do mundo.
As ruas são cheias de vida, com pedestres e outros veículos que reagem às suas ações, como tentar fugir do caminho quando você está a toda velocidade.
Embora os modelos de personagens sejam um tanto simples, as animações de carros e as cenas de destruição dos veículos são bastante satisfatórias, especialmente quando você vê as marcas dos impactos e o capô voando após uma colisão.
A trilha sonora de um filme de ação
A trilha sonora de Driver 2 não só complementa a ação, mas também ajuda a construir a tensão nas perseguições.
Cada cidade tem sua própria faixa musical temática, que varia de jazz e blues em Chicago, passando por ritmos latinos em Havana, até as batidas eletrônicas de Las Vegas.
O som dos motores rugindo, o impacto das colisões e até o som dos pneus cantando ao fazer curvas fechadas ajudam a elevar a adrenalina.
Além disso, os efeitos sonoros durante as perseguições, como os sirenes da polícia ou os gritos de pânico dos pedestres, são imersivos e fazem você se sentir no meio de um filme de ação.
Não podemos esquecer das dublagens — embora sejam simples, os diálogos nos momentos certos ajudam a dar mais vida à trama.
Os pequenos toques que fazem a diferença
Há alguns detalhes em Driver 2 que os jogadores de longa data certamente lembram. Por exemplo, a física dos carros pode, às vezes, ser hilária.
Acidentes catastróficos fazem os veículos se comportarem de maneiras imprevisíveis, saltando de forma cômica ou rolando por ruas movimentadas.
Isso leva a momentos espontâneos que podem arrancar boas risadas.
Outro aspecto divertido é a diversidade de veículos disponíveis. Desde carros comuns a caminhões gigantescos, o jogo permite que você teste sua habilidade ao volante em uma variedade de veículos, cada um com suas próprias características de controle.
Ah, e você sabia que pode dirigir um ônibus em algumas missões? Nada mais icônico do que uma perseguição policial a bordo de um ônibus escolar.
Há também um modo multiplayer, que permite que você e um amigo se enfrentem em perseguições ou corridas nas várias cidades do jogo.
Este modo adiciona ainda mais diversão e rejogabilidade ao título, permitindo que você descubra novos atalhos e truques contra seus amigos.
O legado de Driver 2
Driver 2: The Wheelman is Back é mais do que apenas uma sequência — é uma expansão massiva do que o primeiro jogo ofereceu, com novas mecânicas e um mundo mais vivo e aberto.
Ele estabeleceu as bases para o que os jogos de mundo aberto com perseguições veiculares se tornariam, influenciando títulos que vieram depois, como a série Grand Theft Auto.
Embora algumas de suas mecânicas possam parecer datadas hoje, como a dificuldade de controlar personagens a pé, ele ainda é incrivelmente divertido para quem busca perseguições intensas e uma trama digna de filmes de ação.
Se você nunca jogou Driver 2 e é fã de ação em alta velocidade, este é um título obrigatório na sua lista.
Ele captura perfeitamente a essência das perseguições policiais cinematográficas, com uma jogabilidade que mistura desafios intensos e momentos de pura diversão espontânea.
Para muitos, Driver 2 é um dos grandes clássicos do PlayStation, e ainda hoje vale a pena revisitar essas cidades e colocar sua habilidade de motorista à prova.